Na discussão sobre quem é o maior da história, é sempre comum atribuir o critério de desempate para fazer a escolha à conquista do principal título do futebol mundial: conquistar a Copa do Mundo de Seleções.

Para Messi e CR7, a edição de 2022, que vai acontecer no Oriente Médio, parece ser a última oportunidade dos jogadores conseguirem conquistar o único título que falta em seus currículos.

E, assim, entrar no Olimpo do esporte, que já tem jogadores do quilate de Maradona, Zidane, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, e o maior de todos, o Rei Pelé.

Mas quem será que tem mais chances de quebrar esse estigma e conseguir levar o mundial para seu país? É o que tentaremos explicar nesse artigo.

Contar a história dos principais ganhadores da Bola de Ouro e que rivalizaram por muitos anos o título de melhor do mundo de forma separada é praticamente impossível de fazer.

Eles surgiram para o futebol praticamente na mesma época, com uma pequena diferença de dois anos entre as estreias.

Cristiano Ronaldo estreou entre os profissionais ainda em Portugal na temporada 2002/2003. Já o argentino fez sua estreia no Barcelona na temporada 2004/2005, juntamente com o astro Ronaldinho Gaúcho.

Em 2008, o gajo saiu do Manchester United para ser o astro do principal rival do Barcelona no futebol espanhol e mundial, o Real Madrid.

Por 10 anos, centralizaram as ações do futebol no mundo, onde o El clásico mexia com as paixões dos torcedores dos times e de quem gosta de bom futebol.

Entre 2008 e 2019, os dois jogadores disputaram por 12 vezes a Bola de Ouro e o Fifa The Best para ser o melhor jogador da temporada, com 11 prêmios no total.

Foram seis vezes para o sucessor de Maradona e cinco vezes para aquele que é considerado o maior jogador português de todos os tempos.

Além disso, conquistaram diversos prêmios de artilheiros de campeonatos e das temporadas do futebol europeu, em números impressionantes.

Na história do futebol, o argentino de Rosário conquistou:

Os números do português, nascido na Ilha da Madeira, são impressionantes:

O currículo de cada jogador é impressionante e os credencia totalmente para serem considerados os maiores jogadores de todos os tempos. Para quem vive o futebol atual, essa afirmação é verídica.

Há muita discussão sobre essa premissa, visto que muitos não acompanharam as carreiras de Maradona, Plattini, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Pelé, entre outros jogadores.

Um dos argumentos mais usados para refutar a afirmação é de que, para que efetivamente eles possam estar nessa nobre lista, eles precisam ter uma Copa do Mundo para chamar de sua.

A trajetória dos dois jogadores em Mundiais seguem de forma quase parecida. A estreia dos dois jogadores foi na Copa de 2006, na Alemanha.

Os donos da casa foram a pedra no sapato tanto de Messi quanto de CR7. O argentino parou nas quartas de final nos pênaltis, enquanto o português viu Portugal ficar com a quarta posição, após perder a partida do terceiro lugar por 3 a 1 para os alemães.

No mundial de 2010, na África do Sul, Messi foi um pouco mais longe que Cristiano. Enquanto o patrício caiu nas oitavas de final para o então campeão, a Espanha, a Argentina de Maradona e Messi foi atropelada pela Alemanha por 4 a 0.

Em 2014, o Brasil viu duas participações distintas dos craques de Portugal e Argentina. Em uma atuação desastrosa e sem criatividade, sofrendo uma goleada na estreia contra a campeã Alemanha, Portugal foi eliminado na primeira fase.

Enquanto isso, a Argentina foi caminhando e confirmando seu favoritismo até chegar a grande final, no Maracanã. Mas no meio do caminho, mais uma vez, tinha a Alemanha.

Com uma chance incrível perdida por Higuain no primeiro tempo, o título escorreu pelas mãos de Messi somente na prorrogação, com o gol de Gotze. Em todas as participações dos dois craques, essa edição foi a que estava mais perto de um deles.

Já em 2018, com a Argentina em frangalhos e com uma campanha instável, Messi e Cia foram eliminados nas oitavas de final contra a França por 4 a 3. Portugal também parou na mesma fase contra o Uruguai com gols de Cavani e Suárez.

Para 2022, contextos um pouco diferentes encaminham suas respectivas seleções para a Copa no Oriente Médio a partir de 20 de novembro. Vamos ver como Argentina e Portugal vão para o mundial.

Pensando nos cenários atuais para a disputa no Catar, as possibilidades para cada jogador são diferentes e, ao mesmo tempo, inéditas.

Hoje, os jogadores não chegam ao mundial no seu auge. Messi está começando a engrenar no PSG depois de 18 anos de Barcelona, enquanto CR7 amarga uma péssima fase no United, sendo reserva do time inglês.

Para suas seleções, a expectativa de onde chegarão ao final da Copa se diferenciam de acordo com o ranking da Fifa e a prateleira de favoritismo.

Portugal está no grupo H com Uruguai, Coreia do Sul e Gana e pode encarar o Brasil logo nas oitavas de final. 

Com uma equipe questionada pela imprensa e torcida por conta do esquema tático de Fernando Santos e a riqueza de talentos, como João Felix e Bernardo Silva, os portugueses tentam quebrar os prognósticos.

Cristiano Ronaldo diz que pretende disputar a Copa de 2026, aos 41 anos, mas essa pode ser a última chance em alto nível para conquistar a Copa do Mundo.

Messi e a Argentina estão no grupo C com México, Arábia Saudita e Polônia. A seleção defende uma invencibilidade de mais de 30 jogos, é a atual campeã da Copa América e encontrou a formação ideal depois de muitos anos.

O próprio jogador afirmou à imprensa local que a próxima Copa é a última edição que vai disputar. Isso aumenta ainda mais a expectativa para o que podemos esperar da Argentina, que está atualmente na prateleira dos principais favoritos, junto com Brasil e França.

A disputa de Messi e CR7 tiveram muitos capítulos que impactaram o futebol e os seus apaixonados, mas toda a história tem seu fim. 

E a Copa do Mundo de 2022 pode ser o capítulo derradeiro e a última oportunidade de desequilibrar essa disputa ferrenha entre quem é o maior de todos.